Querer-te entre tantas cousas e colchas
Roliças de renda ou de seda.
Ver-te e ter-te entre folhas e ramas
Na cama de hospedes ou quiçá na tábua corrida
Forrada com nossas roupas para receber nossos corpos
Desnudos de mágoa ou ressentimentos,
De vergonhas ou fingimento!
Desejar-te entre tantos braços e abraços
Apertados de tensão ou de tesão.
Sentir-te e ouvir-te entre gemidos e suspiros
Na despedida ou quiçá na chegada
Das fortes contrações que embalam nossos corpos
Envoltos em saliva e lágrimas,
Em suor e gozo!