Sim, é preciso, às vezes, perder-se entre
Drinques e quadris.
Entre a madrugada e cama desarrumada.
Na borda circular do cálice
Que excita, relaxa e aproxima
Pares de uma mesma sintonia,
De uma mesma sinfonia
Que rege e enrijece corpos
No encontro dos lábios
Com a superfície translúcida dos copos.
Sim, é preciso, às vezes, perder-se entre
A euforia e uma face distante.
Entre o retrato e o som da pequena caixa multiuso
Que traz e leva sons para paragens distantes,
Que acarreta em doses de bebidas já conhecidas
E a perca ou ganho de outros sentidos
Consentidos ou não
Ao lado de outra companhia
Ou bebida.
Em momentos de alegria
Ou quiçá de ironia.