sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Distância ou ironia?



Não...
Não eram passos soltos!
Mas sim um andar
De namorada distante...

Distante dos olhos,
Da boca, do tato.

Distante nas noites longas e vazias.
Distante dos braços vazios!

Não...
Não eram apenas palavras!
Mas sim um toque
Sutil de ironia...

Ironia presente em um pretérito imperfeito
Que não se consumia, mas sim seguia
Como um gerúndio afoito, avesso a qualquer tipo de erro.

Ironia que nada dizia, mas era sentida
Na enorme cama vazia onde os ponteiros pesados de sua consciência
Arrastavam e rangiam como correntes pesadas.

Ironia que embora não fosse invisível
Sempre se dissolvia e se perdia 

Naquelas noites frias e vazias!

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