sábado, 20 de fevereiro de 2010
Inquietações ou qualquer bobagem
Já não caibo mais dentro de mim.
Sinto-me preso mesmo sabendo que moro do outro lado da rua.
A chave do cadeado desapareceu e o que ficou foram apenas alguns versos livres.
Vestígios de um regozijo quase atroz que acinzentam o meu firmamento.
Há tempos não chove...
Mas faz calor, muito calor.
O suor às vezes se mistura com as lágrimas.
Mas no fundo, não faz muita diferença.
É tudo água.
Vai passar...
Pego-me balbuciando um vocativo qualquer.
Talvez esteja querendo te chamar.
Pero tu nombre
Yo quiero olvidar.
O papel e a caneta.
Ontem podíamos...
Hoje, os "erros" são corrigidos automaticamente.
Saudades daquele fevereiro.
O equinócio das folhas amareladas já não é mais uma boa nova.
Bem aventurado é o verso livre.
A menina dos olhos da inquietação.
Sem fundo ou forma exata,sem moldes anacrônicos.
Falar de tudo e todos sem o pudor de contradizer toda a métrica,toda retórica,apenas dizer...
Dialogar com um eu, com um tu, com você.
Trazer várias vozes para essa trama, para esse drama.
Escrever vários nomes ao léu.
Pero tu nombre.
Yo quiero olvidar.
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