segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nuvens



Alta noite, olhar sem fronteiras - Espelhos
Estrangeiros. Caminhos de rosas sem fim.
Passo, passas... Fica a inquietude no jardim
Sem rugas, perfeita, abaixada de joelhos

Mirando no infinito dois prisioneiros
Acordados no tempo terreno assim
Como a foice da noite que orquestra o fim.
Constante silêncio – Lentos marinheiros

Perdidos na ausência inexorável do dia.
Destino real sem ecos. Ofício – Nuvens
Transitórias sem raízes, memória vazia.

O sol se põe humilde, só, sem deixar bens.
Apenas passos tímidos,pura ironia.
Personagens dúbios, sombras sem origens.

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