sábado, 7 de maio de 2011

Corpos




















Há um corpo em cima das rosas que eu matei.
Em cima das rosas que eu roubei e eternizei.
Há um corpo em cima dos vestígios de um sentimento qualquer.
Um corpo desnudo e apresado ou quiçá atrasado
Que descobre as vergonhas, espalha e pisa em cima
Das rosas que eu roubei.
Em cima das rosas que eu matei e eternizei.
Há um corpo estranho em cima de um sentimento
Que um dia, acho que foi meu.
Um corpo efêmero que não olha para trás para não se identificar,
Mas deixa marcas e se perpetua sobre as rosas que eu matei.
Sobre as rosas que eu roubei e eternizei.
Há um corpo estranho em cima do meu.
Desnudo e despreocupado
Em cima das rosas que eu matei.
Junto às rosas que eu roubei e eternizei.
Moldurado em um sentimento desenhado
Junto às rosas que eu roubei e eternizei.

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