terça-feira, 24 de maio de 2011

Pétalas




Pétala por roupa.
Roupa por pétala.
Tão pequena,
Tão perfeita,
Tão distante da minha janela.
A chuva fina rega os meus olhos,
Mas os meus pés são como raízes.
Turbulência infortuna.
Sons e luzes ofuscam a minha contemplação.
Escuridão!
Lentas lágrimas ardentes.
Uma imagem distorcida
Agiganta-se naquela parede.
Atrás da cortina fechada,
Uma silhueta desnuda
Das vestes do meu bel-prazer
Cerra os meus olhos com um profundo não.
Maldito mal-me-quer!
E agora, o que eu faço
Com as pétalas da Valquíria
Que eu não pude despir?

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. numa primeira leitura, muito interessante... vou voltar a ele mais logo... outras leituras, sempre acrescentam... parabéns george... de lisboa ensolarada envio um grande abraço.

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