Ao longe se via
Uma silhueta disforme
Encostada nos pilares de um vestíbulo.
No crepúsculo de um dia tedioso
Um passadio repleno
Para maquinar e entreter o vazio do existir:
Insinuando-se no limiar
Entre o íntimo e o externo
Uma sombra de pólvora
Com suas grenhas de leão
Sorve todos os que aventuram
Decifrá-la.
Seus olhos no espelho
Um recinto insueto.
Seu amplexo terno e apertado
Seduz e induz os tolos enamorados
A perderem a lucidez.
Suas pernas pequenas, arteiras
Andam, engatinham e logram
Qualquer Édipo ou Rei.
Muito interessante!
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