quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Izambrêia.




Corre a dança, acende a vela.
Ajoelha na ardósia e olha para o céu.
Os quatros cantos da sala purificam a alma.
Sobre o altar eles observam.
Tocos espalhados pelo chão não há mais cativeiro.
Lençóis brancos que cobrem e protegem os corpos.
Seus filhos têm os pés firmes no chão.
Cravo mascado, cheiro de alfazema no ar.
Ritmo acelerado, coração disparado.
Orgulho e respeito com quem acaba de chegar.
Vermelho, preto, branco as cores se misturam.
Aquarelas de esperança, bongô a soar.
Cantigas de tempos longínquos, caridade a se realizar.

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