sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Poemas etílicos



Poemas etílicos 1

Falo de coisas que somente eu vejo.
Talvez esteja influenciado por vozes que até então não conheço.
O bar, bar que esgota minha vida.
Madrugada, sexta feira alterada.
Marina me espera...
O homem que aparece na TV me induz a tentar outra vez.
Meus olhos só conseguem ouvir o tic-tac do relógio que parado, empoeirado me apressa.
A fumaça do cigarro sufoca os olhos.
O gosto do copo de plástico.
Coisa alguma tudo é coisa.
A liberdade tem o seu preço.
Às vezes não damos conta de quitá-lo.
Pessoas entram e saem desse salão.
Feche os olhos, pois acabou a prisão.


Poemas etílicos 2

Sexta feira eu me esqueço...
O acaso é irônico.
Cai o tempo entre os olhos.
Nunca mais os voltei para trás.
Quase um alumbramento.
Pena que não sou um Bandeira.
Um copo, álcool e nada.
Sempre sem ponto final.
Personagens comuns como nós.

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