sábado, 24 de outubro de 2009

Na ausência do acaso.


Ir embora sem se despedir.
Um abraço vazio, muitas lembranças.
Palavras que somem...
Resta agora apenas um tímido olhar.
Porta entre aberta, imagem que se perde no horizonte.
Sem trilhas, rastro ou qualquer coisa que se possa guiar.
Somente o corpo despido de todo e qualquer sentimento.
Chuva que cessa a poeira, mas ela se acentua.
Coisas que na ausência do acaso teimam em acontecer.
Em mãos vazias se fez o tempo.
Arteiro e eloqüente, quase juvenil.
Perdão para a conseqüência do que foi a partida.
Mas, assim como o medo destrói, ela partiu.
Partiu deixando para trás olhares que a chamavam e insistam
Coisas que na ausência do acaso se repetiam.
Um abraço vazio, muitas lembranças.
Doses e mais doses de nostalgia.
Ou qualquer outra coisa para conter a dor.
Um abraço, um olhar qualquer que traga de volta o ritmo acelerado de dois ou três corações.
Mas, assim como o medo destrói, ela partiu.
Partiu deixando toda a cumplicidade ainda por se viver.
Chuva que cessa a poeira, mas ela se acentua.
Coisas que na ausência do acaso se repetiam.

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