domingo, 25 de outubro de 2009

Seu jeito


Antes de se fazer contente se fez presente.
Diante de tanta gente que não conhecia, insistia.
Eram palavras separadas, sonhos distantes.
Sentimento esquecido, mal tratado pelo tempo.
Estio rigoroso que castigava os seus tímidos passos.
Tempo fragmentado em esperança.
Espelho convexo que nunca refletia o que realmente era.
Caminhos que se cruzavam, rostos e gostos desconhecidos.
Enfim, era o tempo.
Castelo de cartas que repudiava o vento.
Trilhas que desapareciam conforme o desejo.
Um abraço vazio, palavras presas na garganta.
Enfim, esse era o seu jeito.
E mesmo sem jeito procurava chão.
Ou algo parecido que não dissesse não.
Que espantasse a solidão e desce corda em seu coração.
Pintando de azul o céu daquela tarde cinza.
Que enxugasse suas lágrimas, dando vida a suas poesias.
Mudando os móveis de lugar, quebrando aquela monotonia.
Enfim, esse era o único jeito.
E mesmo sem jeito procurava chão.
O algo parecido que não dissesse não.

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