segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Neologismo II


Bebo muito, fumo mais ainda.
Mas invento novas maneiras
De se inventar palavras.
Cravei a ponta da caneta
Na palma da mão esquerda.
Da cópula entre o escarlate e o anil
Pariram-se novas dores
Para as terminações, flexões e implicações
Do inferno que foi
O passado-muito-mais-que-imperfeito
Do verbo “teadorar”!

sábado, 17 de dezembro de 2011

A urbe à deriva


Da imensidão acinzentada lágrimas
Calham e nos furtam o plano.
Desocupam o palco da liberdade
Transformando- o em um turvo espelho.
Pequenas Naus desbravam
Sendas até então inimagináveis
E aportam no velho 147.
Da imensidão acinzentada lágrimas
Assaz varrem e carregam os sonhos de consumo.
Uma tormenta de um prematuro estio.
Pélagos que se encontram,
Náufragos que se agarram em postes, em outdoors.
Cordas lançadas no alto mar da metrópole,
Um novo cabo das tormentas:
A urbe à deriva!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Acaso



Ritmos Meus.
Dança casual.
Livros tão grandes
Histórias tão curtas:
A face na face,
Lágrimas convergentes.
Um gemido...
Chão!
A vida na vida,
Secreções divergentes.
Um grito...
Não!