sábado, 3 de agosto de 2013

Dias de diamante



Rosas que brotam do carvão.
Vida que surge no solo
Castigado do meu sertão.
À deriva em “alto lar”
Há sempre uma ínfima reminiscência
Para se regozijar.
Dias de redenção...
Um desatino quase providencial
Que se alicerça nas ruínas
Do vivido, do conhecido.
Dias de diamante...
Que eternizam ou quiçá cicatrizam
Um terço sagrado ou profano;
Um quarto com seus colchões no chão
Ou qualquer outra medida
Que possa contabilizar
O que sobrou
Do tambor!


Influências...


          Anseio o diamente com a suas curvas envolventes.
          Lágrimas pelo que não é singular já não derramo mais.
          Tudo o que é belo é real.
          A arte pela arte e nada mais.

          Um retorno à pureza clássica
          Traz à tona olhares e expressões sensuais.
          Textos de Bilac em ordem indireta
          Deixam na contra mão da objetividade quem não sabe ser razão.

          Desejo constante e não idealizado.
          A que está aprisionada no retrato não me interessa.
          A bela não é fera, mas fere quem se faz de fera.

          Mesmo assim, insisto na forma personificada.
          Na aglutinação do ardo labor.
          E por hora, apenas rezo e peço que a pedra preciosa não se parta.