terça-feira, 23 de julho de 2013

Lusco fusco



Vens como o vento:
Bagunças e jogas os Papéis no chão.
Surges como a água:
Nascente que corres crescente,
Que lavas e levas os fuscos.
Toma-me de assalto o silêncio. 
Furta-me o Não.
Ris maliciosamente e diz:
_Perdestes o pretérito imperfeito!
Agora, pontuas estas linhas tortas
E colhes o hoje, pois se não há lusco:
Jaz!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

cadeira vazia



Rebelo-me!
Mostro-te as minhas armas: Rosas e Versos.
Liberto-me!
Deixo-te as minhas asas: Sonhos e Orações.
Rejeito o palco por não saber atuar.
Desejo o simples por querer apenas andar.
Revelo-me!
Apresento-te as minhas cicatrizes: Alma e Coração.
Afasto-me!
Oferto-te a minha ausência: Silêncio e Rotina.
Nego o céu por não saber mentir.
Quero o chão por querer apenas seguir.
Rebelo-me, Liberto-me, Revelo-me, Afasto-me
Daquela cadeira vazia.