sábado, 27 de dezembro de 2014

Prólogo



A consciência pesada.
O corpo, leve!
Bem mais leve...
Mas deixe-o aqui!
As calças que ontem eram justas, retas,
Hoje, totalmente “corruptas”,
Dançam folgadas na correia
Sem mais furos ou dramas
Para fazer.
Os dias e as noites
Tornam-se homogêneos.
O passado, o presente e futuro
Embaralham-se em uma relação paradoxal.
Sobre a mesa um velho relógio
Com o vidro quebrado, furtado,
Faz-me, realmente, sentir
O peso e o toque do tempo.
Sem cerveja, sem cigarros,
Mas com muitas palavras
Digitadas ou rabiscadas.
Sem mulher, sem colo,
Mas com muitos desejos
Orados e encaminhados.
Ainda leva muito tempo meu bem,
Ou quem sabe para o meu bem;
Pra eu poder
Sair por aí...
Ver o dia amanhecer novamente,
Deliciosamente perdido, numa mesa
De Botequim!

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