terça-feira, 14 de abril de 2015

Insônia



Pinga a pia,
Esvazia a garrafa,
Destila a caneta várias ironias.

Acende a luz,
Sente o azulejo frio,
Canta frases sem rimas.

Desenha no escuro
Círculos de nicotina.
Embala o corpo
Em uma cama vazia.

Pesa a cabeça,
Fecha os olhos,
Mão sozinha:
Noite fria.

Horas que não passam,
Por isso ora pro santo,
Ora vira pro canto.

Pelo gargalo da garrafa,
Pelo ralo da pia,
Em redemoinho:
Palavras...

Nenhum comentário:

Postar um comentário